sábado, 17 de setembro de 2011

Aula de Português – encontro e interação


                     
De acordo com os PCNS o ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa é resultante da articulação de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino.  O primeiro elemento dessa tríade, o aluno, é o sujeito da ação de aprender, aquele que age sobre o objeto de conhecimento. O segundo elemento, o objeto de conhecimento é a Língua Portuguesa, tal como se fala e se escreve fora da escola, a língua que se fala em instâncias públicas e a que existe nos textos escritos que circulam socialmente. E o terceiro elemento da tríade, o ensino, é, neste enfoque teórico, concebido como a prática educacional que organiza a mediação entre sujeito e objeto do conhecimento.
Ainda hoje, existe certa acomodação dos professores, que passivamente, esperam que alguém venha dizer a eles o que fazer e como fazer, dispensando-se assim o trabalho constante de estudar, de “estar atentos”, de pesquisar, de avaliar, de criar, de inventar e reinventar sua prática, o que naturalmente supõe fundamentação teórica ampla, consistente e relevante.
A prática dos professores se fasta do ideal porque lhes faltam entre outras muitas condições, um aprofundamento teórico acerca de como funciona o fenômeno da linguagem humana.
O conhecimento teórico disponível a muitos professores, em geral, se limita a noções e regras gramaticais esquecendo-se de levar em conta as particularidades, as personalidades e situações diversificadas como exclusão e preconceito, que podem afetar o aprendizado do aluno.
Para reflexão, o filme Freedom Writers, (Escritores da Liberdade, título em Português) adaptado do livro de Erin Gruwell, baseado em fatos reais, apresenta a determinação de uma professora (Erin Gruwell) em lutar pelo real aprendizado de seus alunos, de uma escola da periferia de Los Angeles, que faz parte de um programa de inclusão educacional. A chamada “turma difícil”, pouco afeita aos estudos e que vai à escola apenas para “cumprir tabela” se mostra, no começo da relação entre a nova professora e os alunos, uma realidade. O grupo, formado por jovens de diferentes origens étnicas (orientais, latinos e negros), demonstra intolerância e resistência à interação, preferindo isolar-se em guetos dentro da própria sala de aula. Este filme mostra a persistência da professora para inserir estes alunos na comunidade escolar de forma produtiva, desenvolvendo práticas pedagógicas levando em conta a realidade dos alunos.
“Escritores da Liberdade” (Freedom Writers) é uma fabulosa história de vida que nos mostra como as palavras podem emancipar as pessoas e de que forma a educação, a cultura e o conhecimento são as bases para que um mundo melhor realmente aconteça e se efetive.

Nenhum comentário:

Postar um comentário