quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – DCHT
CAMPUS XVI - IRECÊ-BA
CURSO DE LETRAS
DISCIPLINA DE PRÁTICA PEDAGÓGICA I
DOCENTE: KÁTIA LEITE
 

DISCENTES:
Samai de Azevedo Pereira
Janara Araújo
Valquíria Oliveira
Pâmela Silva de Freitas
 
             Ricardo Azevedo
 
         Ricardo Azevedo, escritor e ilustrador paulista nascido em 1949, é autor de mais de cem livros para crianças e jovens.
        Tem livros publicados na Alemanha, Portugal, México, França e Holanda. Bacharel em Comunicação Visual pela Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado e doutor em Letras pela Universidade de São Paulo. Pesquisador na área de cultura popular. Professor convidado em cursos de especialização em Arte-Educação e Literatura.
                                                 
                                                        Escritor e ilustrador





                                                               Algumas de suas obras

Bazar do folclore - Ática - PNBE - 2001
Histórias de bobos, bocós, burraldos e paspalhões – Ática - 2009
                          
                                      Livros em Braille


 Obra em destaque:
Trezentos parafusos a menos
Gênero: Novela curta
Editora: Companhia das Letrinhas
Autor: RICARDO AZEVEDO
Origem: Nacional
Ano: 2002
Edição: 1
Número de páginas: 144
Acabamento: Brochura
                           



             O que a expressão quer dizer?
          Em que situações esta expressão geralmente é utilizada?



Sinopse
        O pai de Tatiana tem alguns parafusos a menos, mas ela não sabia que eram tantos assim. Seu Luiz é um homem sistemático que nunca come pizza, não atende telefone e vai ao banheiro sempre na mesmíssima hora. Essa rotina metódica só muda quando ele recebe uma carta de meter medo: uma intimação para comparecer à Justiça.
Personagens principais: Tatiana, seu Luís e Dona Ruth.
 
Comparando personagens


O fabuloso destino de Amelie Poulain
O que as duas têm em comum?

Por que trabalhar este livro?
   O livro traz muitos temas que desencadeiam ricas discussões contribuindo para a aprendizagem e reflexões como a influência dos pais na vida da criança, as consequências de se ter filhos na adolescência, o funcionamento da Receita Federal, o trabalho de um compositor, de estátua viva, atividade bastante comum em cidades do exterior.
"O livro é um lugar de papel e dentro dele existe sempre uma paisagem. O leitor abre o livro, vai lendo, lendo e, quando vê, já está mergulhado na paisagem. Pensando bem, ler é como viajar para outro universo sem sair de casa. Caminhando dentro do livro, o leitor vai conhecer personagens e lugares, participar de aventuras, desvendar segredos, ficar encantado, entrar em contato com opiniões diferentes das suas, sentir medo, acreditar em sonhos, chorar, dar gargalhadas, querer fugir e, às vezes, até sentir vontade de dar um beijinho na princesa. Tudo é mentira. Ao mesmo tempo, tudo é verdade, tanto que após a viagem, que alguns chamam leitura, o leitor, se tiver sorte, pode ficar compreendendo um pouco melhor sua própria vida, as outras pessoas e as coisas do mundo."
                                                      Ricardo Azevedo

     Referências 
    AZEVEDO. RICARDO. Trezentos parafusos a menos. Disponível http://www.ricardoazevedo.com.br/. Acesso em: 13.02.2011
    Tautou. Audrey; Kassovitz. Mathieu; Yolande Moreau. Rufus.(Filme/vídeo).O fabuloso destino de Amelie Poulain. Direção de Jean-Pierre Jeunet. França. 200. 1 DVD, 120 min, color.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Programa de fim de noite

Era  
  Era tarde da noite. O silêncio reinava na cidade. Não se ouvia um ruído sequer nas ruas sujas e mal cheirosas. Eu estava apressada para chegar em casa, queria assistir a um dos episódios da série da TV Globo, As Cariocas. Aquela noite fora difícil no trabalho, reuniões desnecessárias e de caráter interminável.

À medida que eu andava, sentia meu coração pulsar mais forte. Não por emoção, mas medo de encontrar-me com algum pervertido ou drogado.

De repente, duas quadras atrás, alguém assobiou. Olhei discretamente e vi um homem alto carregando um embrulho. Não era um assobio comum. Era uma ameaça, um aviso. Queria mostrar-se presente ali.

Sentindo pouco as pernas, acelerei os passos. Um cachorro latiu ao longe. Em minha cabeça vários pensamentos desfilavam atordoados. Apertei a bolsa contra o peito e corri. Como uma louca, corri. Corri desesperada. Pude ouvir seus passos acelerarem também. Fazia o mesmo trajeto, parecia tentar alcançar-me.

Assim que avistei a minha casa, meu coração acelerou com mais intensidade. Não por medo, mas emoção. Tirei o molho de chaves da bolsa, com dificuldade. Ao colocar as mãos no portão, senti alguém segurar-me pelas costas, pensei: “Estou perdida!!”

De imediato, pude ouvir sua voz ofegante que dizia:

- Corri tanto pra te alcançar, não me viste? Trouxe o vinho! Qual o episódio de hoje?!

                                         Samai de Azevêdo Pereira
                                                                  11 de novembro de 2010
Uneb/ Licenciatura em Letras – Contos rápidos