domingo, 24 de outubro de 2010

O príncipo básico da prática educacional

Conta uma antiga lenda indiana que, num dia belíssimo de sol, dois homens aguardavam tranquilamente que os peixes mordessem as suas iscas para tornar ainda mais prazeroso aquele dia. Enquanto esperavam, falavam de coisas da vida quando, de repente, ouviram gritos de socorro. Assustados, com os olhos arregalados, puseram-se a procurar de onde vinham aquelas súplicas.  Os berros ficavam cada vez mais altos e, para mais absoluta surpresa, vinham de onde menos esperavam. Em meio à correnteza, debatendo-se contra as grandes pedras do rio, viam-se ora mãos, ora pés. Pés e mãos de criança. Criança não, pois eram duas. Já não tinham mais forças para gritarem tão alto. Lutavam contra a água que insistia em cobrir-lhes as cabeças. Imediatamente pularam na água e quando conseguiram salvar as duas, ouviu-se mais gritos. Eram mais crianças descendo rio abaixo, empurrados pela correnteza. Os gritos continuavam apavorantes e mais oito crianças imploravam por ajuda.

Cansados, atônitos, sem acreditar no que acontecia, um dos homens vira-se e começa a ir embora. Desesperado, o outro pergunta: “O que está fazendo? Não vai me ajudar?!”
 E ele ouve uma resposta serena e tranquila: “Faça o que puder. Alguém tem que impedir que continuem jogando crianças rio abaixo.”

Que relação há entre este texto e a educação?

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